Fazer uma massagem com direito a ofurô, apreciar uma salada ou então retocar o esmalte das unhas, tudo na praia. É assim que empreendedores da cidade apostam em um novo nicho: o delivery em plena areia. A lista também conta com a entrega de peças íntimas na orla, além de aulas particulares de inglês, sob o sol.
O objetivo da iniciativa, que já acontece na capital, é atrair mais clientes e turbinar os negócios nos dias de calor. Parece complicado, mas não é. Funciona assim: os clientes ligam e dão o maior número de referências possíveis, como o nome da rua mais próxima, a altura do quiosque, a cor da barraca e da roupa de banho. Do outro lado, os funcionários das empresas usam celulares até o encontro com o freguês.
E, para atrair mais clientes, alguns prestadores de serviço ainda criaram negócios especiais só para as praias da Costa Verde. É o caso da esteticista Aline Oliveira, que desenvolveu um escalda-pés e uma massagem nas costas com óleos específicos para o calor da praia, além dos produtos de secagem rápida que ela utiliza.
“Estava desempregada e como vi muita gente atendendo com vários serviços na praia, logo adaptei minha profissão. Não quero outra coisa, está sendo muito lucrativo,” afirma a esteticista.
Em alguns casos, a demanda surgiu por iniciativa dos próprios clientes. A proprietária de uma loja, Simone Eurípdes, passou a entregar suas peças, principalmente calcinhas, após perceber que parte das clientes ficava cansada para enfrentar a maratona de compras no pós-sol e a falta de estacionamento no Centro da cidade.
“Entrego camisetas básicas, óculos e peças íntimas onde a cliente está. Ela diz a sua localização e em que praia está que vamos até lá. Levamos uma máquina de cartão de crédito e débito,” explica Simone, que espera um aumento de 10% nas vendas.
Na opinião de Adriana Matta, que decidiu experimentar uma massagem delivery na Praia Grande, o serviço é prático para os dias de sol.
“Estar na praia e ainda fazer uma massagem na areia é muito relaxante. O verão é sempre uma estação agitada. Então, como passamos o dia na praia, acaba não sobrando tempo para fazer tudo,” explica a moça.
Custo
A busca por esses serviços está crescendo bastante e o custo também é um pouco maior. Em alguns casos é até 50% mais caro. Muitas vezes este serviço fica restrito a quem tem um poder aquisitivo mais elevado e pode pagar pela locomoção dos profissionais.
De olho no aumento dos negócios neste início de ano, Felipe Silva, gerente de um resort, diz que este tipo de serviço agrada em cheio muitos clientes do seu estabelecimento e garante que o salão que fica dentro do local já atende muitos clientes nas areias.
“A meta é que 20% dos atendimentos da empresa ocorram na praia. Para isso, duas funcionárias foram treinadas para lidar com os pedidos das clientes sob o sol escaldante,” revela Mário Guimarães que é dono do salão.
Fonte: http://www.avozdacidade.com/site/page/noticias_interna.asp?categoria=1&cod=30891
